Em cada ano, neste dia e um pouco por todas as escolas por onde me tenho encontrado, professores e alunos abrem os portões e percorrem caminhos e ruas das proximidades cantando… as janeiras dos Zeca!
Não é que não tenha já ouvido outras cantigas! Algumas com letras muito bem construídas por professores, sobre musicas adaptáveis à quadra.
Mas eu…
Invariavelmente …
Sigo o Zeca por “… esses quintais a dentro…” com mágoa!
Mágoa do cantar do Zeca? Não!!!!
Mágoa de não me lembrar das quadras e da música que ouvia e cantava em menino nos dois ou três anos que me foi possível passar o Dia de Reis em Avelanoso.
Os Dias de Reis que vivi noutras terras nunca tiveram o mesmo sabor.
Nunca souberam a frio e fumo!
E os anos…
Abafaram-me o som da melodia…
Sacaram-me as palavras…
Mas mantiveram a memória da noite das cozinhas em brasa, das portas abertas aos “romeiros de longe”.
Um destes dias, lembro-me do resto!
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1 comentário:
Meu caro Jorge,
é sempre com deleite que leio os teus escritos. São retratos precisos. A forma como despes a nossa região já de si nua e lhe captas a alma, a essência, o que interessa.
Não sendo um escrevente fluente como tu, meu caro amigo, se me permites gostaria de colaborar contigo neste projecto. Porque um transmontano raiano nunca caminha só e na nossa terra dizemos:
- Entre quem é.
Um abraço amigo e de agradecimento pelas sensações e emoções que fazes tão presentes.
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