segunda-feira, 5 de maio de 2008

Convívio 2008

Quando em 2000 me lembrei que “os de Avelanoso”, residentes em Bragança, poderiam encontrar-se num dia de convívio, não poderia ter dado com melhor gente.
No mesmo dia em que falei com o “Zé Cabreirico” e lhe transmiti o meu pensar, logo o vi fervilhar de ideias e passados alguns dias (ainda eu não me sentia completamente poisado, na minha própria ideia) já ele me apareceu com os primeiros (bastantes) nomes de uma lista de pessoas a contactar.
Daí, a organizar a dita, e a transformá-la numa lista de contactos, foi um ápice. E depois de contratarmos o “Zé Branco” e o Rogério Lucas, para compor uma equipa de operacionais, a ideia estava no terreno.
No terreno de Cova de Lua, diga-se, ali mesmo, na casa dos serviços florestais, com boa água (temos ideia!), bom vinho (temos certeza, pelos reparos!), boas sardinhas e boa vitela (cer-te-zi-nha!), em brasa viva.
Era 24 de Junho e a Selecção Nacional de Futebol vencia, no Arena de Amesterdão, a Turquia, por 2-0, nos quartos-de-final do Euro 2000.
Tudo em grande. Super dia!
A organização saiu com a vaidade de sentir ter conquistado “clientes” para novos convívios e no sonho foi ficando a ideia de encontros de Diáspora!
Para já… a realidade é a de que todos os anos, a partir dessa data, há gente de Avelanoso que se junta para conviver saudavelmente em torno de memórias e risos, de petiscos e graças, de encontros e promessas.
Este ano… aí está!
Novo encontro, desta vez em Varge (com tudo o que faz falta) no dia dez de Junho. E a coisa promete.

A Ementa:

Entradas
Presunto
Chouriço
Queijo
Almoço
Javali com batatas cozidas
Sardinhas assadas
Sobremesas
Café
Digestivos
Jantar
Caldo Verde
Trutas de escabeche
Entremeada/entrecosto
Sobremesas
Café
Não falharemos, não!

domingo, 4 de maio de 2008

Avelanoso

Em Avelanoso seriam de supor avelãs com fartura e qualidade.
E onde? – Pergunta o visitante.
Não há – Responde o local. – Mas outras “cousas ai”. gente, bô áuga, caça e umas frescas que não são de desprezar.
Regada da ribeira que nasce em Espanha e se liga ao rio Angueira, forçada a uma agricultura de poucos recursos, por terras de xisto e um clima agreste, a aldeia de Avelanoso muito cedo se viu condenada a perder os seus.
Ficam “os velhos” que os “novos” se vão. – Mas sempre com o sonho de voltar uma vez no Verão... e no fim, para reencontrar a paz, longe do burburinho e perto dos seus.
Neste reencontro, a essência da “Festa do Padroeiro”, outrora substancialmente mais relacionada com as colheitas e o agradecimento pela fartura de Fim de Verão.
De Portugal, da Europa e do Mundo regressa a gente que pode e vive os dias de forma intensa, até nova abalada.
E fica a aldeia abandonada a cansados resistentes, não partidos ou regressados, que mantêm a aldeia em vida até ao próximo regresso dos ausentes.

Avelanoso, Agosto de 2002