domingo, 16 de dezembro de 2007

Temos orgulho nos nossos.




Nos de ontem, nos de hoje e nos de sempre.
Nos que nascem e nos que duram.
Nos que perduram

Nos que vencem
Nos que a vida vence
Nos que saem e nos que ficam
Em nós, nos outros, em todos.

Nos amigos!

Nos que não sendo…
Nos conhecem,
Nos respeitam,
Nos tomam como pares.

Em todos que são nossos
E os temos connosco…
Quando dizemos seu nome.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Verão de S. Martinho

(ao jeito de colóquio popular transmontano)


Num Outono que parecia
Mais Inverno começado,
Um caminho percorria
Sozinho, certo soldado.

Era um cavaleiro valente
Das tropas de Roma, senhor,
Que na França combatiam
Por mando do imperador.

Regressava ao seu posto
Depois de ter visitado
E visto com os seus olhos
O que tinha conquistado.

Seu nome era Martinho
E é aqui recordado
Porque naquele caminho
Viu seu destino mudado.

D’entre sombras e arvoredo
Uma figura se levanta,
Qu’interrompe o seu caminho
E que o seu cavalo espanta.

Era um homem quase nu
Que, tiritando, tombava
No chão gelado e cru
Onde o cavalo pisava.

Apeou-se o cavaleiro
Com estranha ligeireza
Pegou na mão que tremia
De frio e de fraqueza.

Em silêncio, o pedinte
Apenas levanta o olhar
O cavaleiro ergue a espada
E com ela rasga o ar.

O ar… e a sua capa
Que, num gesto retirava
E agora, cortada a meio
Ao mendigo a entregava.

Mal o mendigo se cobriu
Com a capa do soldado
O céu cinzento se abriu
Ficou o sol revelado.

O frio desapareceu
Já não parecia Inverno
O mendigo agradeceu
Com agradecimento eterno.

Tão eterno que ainda hoje
Se vê com satisfação
Que antes de começar o Inverno
Há sempre uns dias de Verão

Jorge Pimentel

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

GCR

Todas as actividades relacionadas com cultura, desporto e lazer cabem mum qualquer plano de actividades do Grupo Cultural e Recreativo de Avelanoso.

Exista este...

E, já agora, algumas actividades que mantenham a vida de uma colectividade que, tendo nascido do coração, vontade e juventude de uns quantos, a eles torne a motivar.

Joguem à bola, pelo menos!


Bolas!!!

O emblema do Crupo Cultural e Recreativo de Avelanoso foi criado por Jorge Luis Fernandes Pimentel em 1979 e pintado na parede de sede da associação pelo autor, em Julho de 1983.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

de-méritos

A comissão de festas de Avelanoso, formada pelas mordomias de Nossa Senhora da Saúde e de S. Barnabé, promoveu, este Verão, um torneio de futebol de salão, no polidesportivo da aldeia.

Mérito.
Sim senhor. Mérito à comissão.
Mérito por aproveitar, de tão boa forma, os espaços que hoje estão à disposição das organizações e da população.
Mérito por manter, ao longo de quase uma semana, um ambiente festivo e dinâmico.

Mas demérito.
Reafirmo, MUITO DEMÉRITO.

Muito demérito ao Grupo Cultural e Recreativo de Avelanoso – GCR que, para além de não ter realizado este evento, se associou, por omissão, a uma das equipas participantes, que, penso, não representou, nem esperava representar, a colectividade.
Muito demérito por não ter realizado nenhum outro, nem este ano, nem nos anteriores, desaproveitando as estruturas existentes e manchando o seu nome, estatutos e RAZÃO.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Brinquedo de infância

Tendo um carrinho de linhas
Até as linhas dispensava.
Um brinquedo muito lindo
Fazia sem custar nada.

Um elástico, um palito e sabão
Era tudo quanto queria.
Daria corda ao elástico
E o carrinho corria.

Corria pelo caminho
Que, no chão, eu desenhasse.
Pararia o carrinho
Quando a corda acabasse.

Tudo começava outra vez
Zac, zac, mais cordinha.
Com o dedo no palito
P’ra dar mais uma voltinha.

Jorge Pimentel

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Avelanoso

São macias as colinas do lugar
Que se alongam entre urretas e breias.
Lá ao longe, neves frias dão ao ar
O poder de gelar a pele e as veias.

De Espanha, nem bom vento...
Diz o povo, no ditado.
Mas os ventos da Sanábria
Que gelam montes e fontes,
Dão, por vezes, casamento...
Contrariando o seu fado.

Abriram a esperança
À demanda de outro pão
E o povo buscou lá longe,
Em terras de outras gentes
O que seu gelado chão
Lhe negou, para sustento.

Mas a serra que o afasta,
Guarda os vales onde ri,
Quando, cansado, regressa
Aos seus, à terra e a si.