Brinquedo de infância
Tendo um carrinho de linhas
Até as linhas dispensava.
Um brinquedo muito lindo
Fazia sem custar nada.
Um elástico, um palito e sabão
Era tudo quanto queria.
Daria corda ao elástico
E o carrinho corria.
Corria pelo caminho
Que, no chão, eu desenhasse.
Pararia o carrinho
Quando a corda acabasse.
Tudo começava outra vez
Zac, zac, mais cordinha.
Com o dedo no palito
P’ra dar mais uma voltinha.
Jorge Pimentel
quinta-feira, 12 de julho de 2007
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Avelanoso
São macias as colinas do lugar
Que se alongam entre urretas e breias.
Lá ao longe, neves frias dão ao ar
O poder de gelar a pele e as veias.
De Espanha, nem bom vento...
Diz o povo, no ditado.
Mas os ventos da Sanábria
Que gelam montes e fontes,
Dão, por vezes, casamento...
Contrariando o seu fado.
Abriram a esperança
À demanda de outro pão
E o povo buscou lá longe,
Em terras de outras gentes
O que seu gelado chão
Lhe negou, para sustento.
Mas a serra que o afasta,
Guarda os vales onde ri,
Quando, cansado, regressa
Aos seus, à terra e a si.
Que se alongam entre urretas e breias.
Lá ao longe, neves frias dão ao ar
O poder de gelar a pele e as veias.
De Espanha, nem bom vento...
Diz o povo, no ditado.
Mas os ventos da Sanábria
Que gelam montes e fontes,
Dão, por vezes, casamento...
Contrariando o seu fado.
Abriram a esperança
À demanda de outro pão
E o povo buscou lá longe,
Em terras de outras gentes
O que seu gelado chão
Lhe negou, para sustento.
Mas a serra que o afasta,
Guarda os vales onde ri,
Quando, cansado, regressa
Aos seus, à terra e a si.
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