terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Humor


Ali mesmo, na aproximação do largo do tanque, parei o carro, abri a janela e perguntei a quem me saudava:
– Avelanoso é aqui?
“Ui!, ainda está muito longe!” – Foi a resposta imediata e logo seguida de maior esclarecimento:
– Segue esta estrada, sempre em frente, até passar a ponte do rio. Continua na mesma estrada e vai atravessar Garabitos e S. João da Lua. Avelanoso é a terceira aldeia.

Quando, na vida, se encontra lugar para um gracejo e um riso, para a atenção bem humorada … então VIVER é bem mais agradável.
Fica aqui minha homenagem a quem, de um momento para o outro, sabe criar uma graça ou uma história que dispõe tão bem que apetece acreditar.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dia de Reis.

Em cada ano, neste dia e um pouco por todas as escolas por onde me tenho encontrado, professores e alunos abrem os portões e percorrem caminhos e ruas das proximidades cantando… as janeiras dos Zeca!
Não é que não tenha já ouvido outras cantigas! Algumas com letras muito bem construídas por professores, sobre musicas adaptáveis à quadra.
Mas eu…
Invariavelmente …
Sigo o Zeca por “… esses quintais a dentro…” com mágoa!
Mágoa do cantar do Zeca? Não!!!!
Mágoa de não me lembrar das quadras e da música que ouvia e cantava em menino nos dois ou três anos que me foi possível passar o Dia de Reis em Avelanoso.
Os Dias de Reis que vivi noutras terras nunca tiveram o mesmo sabor.
Nunca souberam a frio e fumo!
E os anos…
Abafaram-me o som da melodia…
Sacaram-me as palavras…
Mas mantiveram a memória da noite das cozinhas em brasa, das portas abertas aos “romeiros de longe”.

Um destes dias, lembro-me do resto!