Em Avelanoso seriam de supor avelãs com fartura e qualidade.
E onde? – Pergunta o visitante.
Não há – Responde o local. – Mas outras “cousas ai”. Bô gente, bô áuga, bô caça e umas frescas que não são de desprezar.
Regada da ribeira que nasce em Espanha e se liga ao rio Angueira, forçada a uma agricultura de poucos recursos, por terras de xisto e um clima agreste, a aldeia de Avelanoso muito cedo se viu condenada a perder os seus.
Ficam “os velhos” que os “novos” se vão. – Mas sempre com o sonho de voltar uma vez no Verão... e no fim, para reencontrar a paz, longe do burburinho e perto dos seus.
Neste reencontro, a essência da “Festa do Padroeiro”, outrora substancialmente mais relacionada com as colheitas e o agradecimento pela fartura de Fim de Verão.
De Portugal, da Europa e do Mundo regressa a gente que pode e vive os dias de forma intensa, até nova abalada.
E fica a aldeia abandonada a cansados resistentes, não partidos ou regressados, que mantêm a aldeia em vida até ao próximo regresso dos ausentes.
Avelanoso, Agosto de 2002
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