sábado, 5 de janeiro de 2008

"BALHURIGO"


Avelanoso, Dezembro de 2007

Na opinião de um amigo, o nome deste meu Blog deveria ser [Terras de Balhurigo].
Reconheço a pertinência do reparo.
Desta forma, seria dado relevo à pronúncia local.

No entanto, uma vez cometido o nome e desta forma assim escrito, “Terras de Valhorigo” assim o mantenho permanente, por me parecer que o crime não é de lesa-majestade.
De facto, eu sempre disse valhorigo e considero que, como falante de um Português padrão, não tenho que alterar a minha própria pronúncia, no sentido de me acordar com as minhas raízes.

Elas ultrapassam a breve forma de dizer ou de escrever, para se enraizarem, mais profundamente, num contexto cultural muito mais vasto e rico.

Das histórias que o meu povo conta, faz eco a minha alma.

Das tradições que vivi, conheci e ouvi, sinto o paladar e aromas. Ainda o chiar dos carros de [acarreija] se insinua em meus ouvidos, assim como o pregão de “quem vende a pele da coelha?” que ouvi em tempos bem mais frios.

Sinto a ribeira e o termo.

Mas, sobretudo, sinto o povo e sua alma, independentemente de dizer Avelanoso ou [Ablanoso] para que sempre se escreva AVELANOSO.

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